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Como seu nível de consciência pode alterar seu futuro?



Da mesma maneira como nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos, buscamos também evoluções em nossas vidas. Do mesmo modo, um vegetal também age buscando por evoluções em sua estrutura física, desde um broto a uma árvore.  Mas então, o que diferencia os seres humanos dos demais seres vivos?

1. A consciência humana – O autor inglês Richard Barret elencou sete níveis de consciência que representa o nosso crescimento enquanto seres humanos e nossa escalada evolutiva. Desse mesmo modo, o psicologista americano Abraham Maslow teorizou acerca das pirâmides e necessidades humanas que iam desde a sobrevivência até a realização pessoal, que fez com que prestássemos mais atenção a essas necessidades. Porém, Barret foi mais além e incrementou a escala de Maslow em um nível de necessidades espirituais. 

2. Nível 1: Sobrevivência- Os níveis se iniciam na fase após o nascimento. Um bebê humano pensa exclusivamente em se alimentar, mal sabe que é um ser constituído ou que é alimentado por outro ser, mas já nasce com o instinto de receber o alimento. Portanto, quando nos encontramos no nível de sobrevivência, nossas decisões serão sempre instintivas. Ao avançar nos níveis, quando crescemos e nos tornamos adultos, ainda nos restam alguns traumas ligados ao primeiro nível que não foram resolvidos. Você pode, por exemplo, ter muito dinheiro, mas a sensação de escassez continua presente. Essa emoção pode estar relacionada a algo que você viveu ou aprendeu durante sua educação e convivência. 

3. Nível 2: Relacionamentos – Esse bebê então começa a se conectar com seus familiares e a interagir com diversos grupos e começa a ter a necessidade de pertencimento. Assim que a criança se reconheceu uma pessoa e, assim, uma parte do coletivo, ela precisa afirmar sua autoestima para se sentir validado e reconhecido pelos outros membros de seu convívio. 

4. Nível 3: Autoestima - Pense agora em um chefe muito poderoso, de alto cargo, mas que precisa humilhar as pessoas para validar a si próprio. No fundo, esse homem tem um problema de autoestima que advém justamente do segundo nível de necessidade humana, o reconhecimento através dos relacionamentos. Um outro exemplo é a analogia entre Gandhi e Hitler. Ambos tinham carisma, um propósito e eram persistentes, mas enquanto Hitler era motivado pelo egocentrismo e lutava com baixa autoestima, o que o tornou um chefe de massas, Gandhi era motivado pelos valores humanos e tinha autoafirmação de si mesmo, o que o tornou um líder nato. 

5. Nível 4: Transformação – Nesta fase, a coragem é necessária para afirmar tudo aquilo que possui e te consiste. Muitas vezes, você vai contra um sistema inteiro de pensamentos ou contra um padrão de educação doutrinário que recebeu para afirmar no que acredita e realizar as mudanças necessárias em sua vida. 

6. Nível 5: Coesão interna – A partir do momento que se adquire independência e autenticidade, você lida com o dilema de agir ou não agir como você mesmo para atender as expectativas externas ou até mesmo internas. Coesão interna é a observação total de si mesmo, com todas as qualidades e defeitos, e ter o conhecimento de quem você de fato é. 

7. Nível 6: Legado – A partir do momento em que houve esse autoconhecimento, uma sensação boa toma seu corpo, e você sente a necessidade de compartilhar tudo o que aprendeu para fazer a diferença no contexto em que vive, deixando o seu legado no mundo porque acredita que a vida é mais do que o ciclo natural: Nascer, crescer, reproduzir e morrer. 

8.  Nível 7: Serviço – O último nível, é a fase de expansão de consciência, onde você pratica o serviço. O serviço de fazer o bem a alguém se torna tão natural e te faz tão bem que fica impossível distinguir quando você o realiza pelo bem do outro ou pelo seu próprio bem. Nesse nível, você entende que todos somos um, tudo está interligado, somos um com a natureza ao nosso redor, somos um com esse algo maior que nos une.

9. Conclusão – Mas afinal, por que é preciso entender tudo isso? Porque nos faz decidirmos nosso destino. Ao observar os níveis de consciência, temos noção do quanto estamos vinculados nas primeiras fases da pirâmide por decisões instintivas e inconscientes. Achamos que temos plena consciência em nossa vida, mas quando paramos para analisar, percebemos o quanto o inconsciente age em nosso corpo, 95% do nosso dia é regido por decisões inconscientes, e apenas 5% das escolhas é consciente. Você pode, porém, subir as escalas. Contudo, ninguém precisa necessariamente chegar no último nível como chegou Madre Teresa, Jesus Cristo ou Ghandi. Mas se achamos que o nível de serviço é somente para essas pessoas, tiramos a responsabilidade de nós mesmos com o pensamento de: “Eu não sou nenhum santo”. Porém, é possível, sim, se experimentar em vários níveis de consciência a partir da observação, reflexão e identificação de si mesmo em algum nível. Se você tem problemas com o topo da pirâmide e deseja subir, experimente, por exemplo, realizar atividades voluntárias e experimentar a sensação real de servir. Ou até mesmo, agir em um serviço em seu lar, para as pessoas mais próxima de você.